sábado, 16 de julho de 2011

ROCK nas propagandas... criatividade e atitude!

É fácil ser criativo quando se fala de ROCK! Mas alguns publicitários conseguem elevar o nível:

Para promover um Festival alemão nas florestas de Northeim, tiveram que incomodar os bichinhos com a barulheira...
O pobre coelho se defende como pode...
...e o esquilo, furioso com a invasão do seu espaço!
Na Grécia, a estação "Galaxy FM" colocou os piores tipos em versões... digamos... palatáveis.
Senão vejamos o carniceiro Stalin versão Rockabilly...
E o merecido castigo a esse aí: uma cabeleira nada ariana!
Ao lado de Beethoven, esse busto ficaria bem em cima de qualquer grand piano...
...e até o maior produtor mundial de lixo comestível aderiu... visando o aumento do rebanho...





música para reflexão: "Propaganda", do Sepultura.



sexta-feira, 15 de julho de 2011

Muito engraçado... mas não para eles...

"Virei um enfeite."
"Nem precisa piadinhas com a minha raça..."
"Não tente explicar, nem eu consigo..."
"A idéia original era só dar uma coçadinha..."
"Hey, tô vendo minha casinha lá embaixo!"
"Porra, você ainda insiste nessa idéia de aprender a dirigir?"
"Se chegar por trás, leva coice!"
"Fica, senta aí, vai ter lã!"


Ouch...! Tadins...



Música para reflexão: "Animals" (toda a sequência), do Pink Floyd



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quinta-feira, 14 de julho de 2011

Um pouco de cultura...CERVEJEIRA! ((parte 1))

Nosso país é pródigo num bocado de coisas. Mas, se tem algo que foi muito mal formado no Brasil, com certeza foi a Cultura CERVEJEIRA! Alguns motivos podem até explicar esse fato, como a demora que a bebida sofreu para chegar ao Brasil, já que os colonizadores portugas morriam de medo de perder o mercado de vinhos... mas, por sorte, o rei Dom João (aquele) era fã do suco de cevada, e aos poucos a cerveja foi chegando pelos portos brasileiros.
Nas primeiras décadas de 1800, consumia-se no Brasil mais cachaça, licores franceses e, é claro, vinhos portugueses. As primeiras cervejas feitas por aqui eram rudimentarmente artesanais, feitas nas casas dos imigrantes: uma mistura estranha, feita de água, milho, e coisas como casca de limão, açúcar mascavo e gengibre. Daí um de seus primeiros nomes: gengibirra.
Divertida mesmo foi a "cerveja marca barbante" (nominho genérico para as primeiras engarrafadas que foram colocadas à venda). E por que o nome? O processo de fabricação era tão tosco, que a bebida adquiria um grau de fermentação fortíssimo, produzindo um monte de gás carbônico, e pipocando qualquer rolha com que se tentasse fechar a garrafa! Solução à brasileira: amarrar a rolha no gargalo com um barbante! Sim, amigos, uma versão MacGyveriana que virou sinônimo de improviso para sempre.
O que vinha de fora não era de se desprezar: cervejas inglesas. Mas o país recebia o restolho do restolho, um líquido grosso, sujo, envasado em barris, em viagens infindáveis de navio de um continente ao outro. Até que, mais no final do século, eles - os alemães - entram no mercado com uma cerveja mais clara, límpida, e... engarrafada! Finalmente havia uma certa concorrência de mercado - mas nesse ponto a Europa já produzia centenas de tipos de cerveja há décadas e décadas... pense no nosso atraso!
Bem, esse é um resuminho bem xongas de toda a história. Mas, se tem algo que se pode afirmar, é que ninguém sabe com certeza qual foi a primeira cerveja legitimamente brasileira, muito menos a cervejaria. Entretanto, os estrangeiros descobriram que o nativo gostava de uma bebida mais clara, fraca, fresca e - por que não, adocicada. E esse gosto varou os anos, solidificando-se na cultura gastronômica do país até os dias de hoje.
Se você vai num churrasco, numa festa, e servem bebida abaixo de extremamente gelada, você logo reclama? Expressões como "do fundo do freezer", "do cu da foca", "aquela lá de trás", são sempre ouvidas pelos botecos para que o desavisado garçom não traga uma cerveja que esteja "apenas" trincando? 
Pois é... aí chega-se em um distante vilarejo bretão e pede-se uma... o que? É, porque se você pedir "uma cerveja", o das bochechas vermelhas vai ficar te olhando com cara de conífera: "QUAL" cerveja, meu senhor?... ou, no mínimo, "QUE TIPO" de cerveja? Aí então só algumas palavras florescem na sua sedenta mente: "Brahma?"..."Antarctica?"..."gelada?"... "a que tiver, meu tio?" Shit, I'm in trouble...!!
Sim... nos principais países cervejeiros, a variedade de marcas e tipos beira o absurdo. Vários tons de cor, paladar, graduação alcoólica, densidade, cremosidade, e... consequentemente, a TEMPERATURA em que se serve o néctar. Em breve vamos abordar mais dessas minúcias (afinal, o livro vem aí...), mas sem besteirol técnico ou palavreado de químico - é pra dar uma idéia do que você pode esperar de cada uma.
Voltando às plagas brasilianas, podemos afirmar que a DEGUSTAÇÃO de cerveja é raríssima. Felizmente, cresce a cada dia, mas como um fenômeno de rebote tardio, trazido geralmente por gente que provou das "gringas" no estrangeiro, caiu de amores, e agora não consegue mais molhar o beiço numa dessas poucas que dominam o mercado nacional. Ainda felizmente, cresce muito no Brasil a fabricação artesanal, além das microcervejarias, trazendo variedade, criatividade e conhecimento a um público carente de "sabedoria". 
Bem, a grande maioria dos "bebedores", é claro, vai continuar alegremente como "cervejeiro de churrasco": o boi queimando no espeto, as mulé dançando um pagode, e o barrigudo de bermuda, havaiana e camisa do Framengu gritando lá da beira da piscina cheia de criança, lata vazia e mijo: "Aê, sangue bão, pega uma aí do cu da foca!!" E lá vem mais uma infeliz latinha, quase congelada, trazendo um resquício de um sabor que originalmente já era um resquício de uma cerveja de verdade...
Mas essa história não acaba aqui... 

PROSIT!




música para reflexão: "I wish you were a beer", do Cycle Sluts from Hell.


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quarta-feira, 13 de julho de 2011

For those about to ROCK - we salute you EVERYDAY!!!

"Dia 13 de julho foi escolhido para essa "comemoração" porque foi nesse dia, no ano de 1985, em que Bob Geldof organizou um megashow chamado "Live Aid", para prestar ajuda à miséria africana. O show contou com alguns dos maiores astros do Rock, e entrou para a história desse modo... bla...bla..."

Big deal...

Não precisamos de uma data pra isso. Independente de todo o capitalismo, o comércio de interesses e o nonsense que orbitam o mundo rockeiro, aproveitamos este dia para homenagear uma entidade, um ser com vida própria, um amigo para todas as horas (boas e ruins) - o bom e velho ROCK AND ROLL!!!
Não interessa o estilo. Não interessa o que lhe atrai. Não interessa nem mesmo se você é do tipo "eclético" (que eu sinceramente acho que não exista 100%, mas...). O que interessa é a NECESSIDADE do ROCK nas nossas vidas diárias! Rockeiros jamais envelhecem...
Muitos idiotas e cretinos fizeram fama às custas dele (basta dar uma olhada atenta no vergonhoso "rock and roll hall of fame") - mas, em compensação, muitos gênios talentosíssimos colocaram seu coração e alma em canções que marcaram as nossas vidas. E é a eles que saudamos no dia de hoje - e em todos os dias.
Perceba como o ROCK mudou o mundo, e principalmente a forma como várias gerações enxergam o mundo. Ele é revolucionário, rebelde, contestador, agressivo. E também consolador, emocionante e amigo. Tem o poder de transportar sua mente para outras dimensões, tem o poder de aliviar o peso do mundo sobre seus ombros. Pode traduzir o que você não consegue, pode colocar em palavras o que você apenas sente. Só o ROCK pode unir você a quem gosta - e ao mesmo tempo repelir quem está em outra vibe!
É por isso que somos uma irmandade. Do rockabilly ao death metal, FOR THOSE ABOUT TO ROCK, WE SALUTE YOU!!! (com salvas de canhões e tudo!)

Rock é Rock e sempre será...



música para reflexão: "God gave Rock'n'Roll to you II", do Kiss.


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terça-feira, 12 de julho de 2011

Da cartilha dos princípios básicos do Rock...

Dia 13 está chegando - todo mundo afiado para a grande data. Este é mais um importante guia de tudo o que você precisa saber para destruir na sua performance metálica:

Aumenta o som aqui do lado e bóra treinar - com energia!!!



música para reflexão: "Pacto con el Diablo", do Angeles del Infierno.


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segunda-feira, 11 de julho de 2011

Livros que detonam: uma obra esquecida de TOLSTOI...

Eu beberia uma(s) vodka(s) com esse velhote...
Leon (ou Lev, Liev, Leão...) Tolstoi é figurinha carimbada para aqueles que costumam ser, em maior ou menor grau, ratos de biblioteca como eu. O russo, nascido pelos idos de 1828, habita o panteão da literatura mundial e, neste caso, mais do que merecidamente (não digo isso de todos...).
Mas, geralmente quando se pergunta "o que você conhece de Tolstoi?", as respostas são sempre óbvias: "Anna Karenina", e o calhamaço "Guerra e Paz", obras que evidenciam a genialidade do menino. Seu modo de escrever é envolvente, o ritmo é fluido. Mesmo em livros intermináveis, a levada é a de um contador de histórias; simples, mas sofisticado.
Só que eu gostaria de falar de um livro quase "apócrifo" do L.T.. E isso porque foi banido por um bom tempo, censurado pelos czares russos por seu conteúdo revolucionário à época. Muitos já devem até ter ouvido falar, mas esse título espanta muitos leitores sérios, principalmente os mais céticos, agnósticos e ateus. 
O título em português é "O REINO DE DEUS ESTÁ EM VÓS", e foi escrito quando Tolstoi tinha cerca de 66 anos de idade.

Por que esse livro detona? O escritor utiliza o Cristianismo para fundamentar a criação de uma nova sociedade, baseada mais em princípios de moralidade e sociabilidade do que em governo e cidadania. O brilhante é que ele não era exatamente um cristão bitolado - chegou a ser excomungado pela Igreja Ortodoxa por combater dogmas como a dualidade de Jesus como homem e deus. Passou a vida pregando a busca de um deus pessoal e interior, que qualquer um poderia encontrar dentro de si, e somente em seus últimos anos de vida voltou-se fortemente à doutrina cristã "de cabresto", embora tenha se recusado a fazer as pazes com a igreja que o havia enxotado. Contudo, nesta obra, ele se utiliza de um vasto conhecimento para justificar a necessidade de mudanças na própria forma de governo, baseado apenas nos princípios cristãos.
Tolstoi era anarquista - e POUQUÍSSIMOS compreendem o sentido dessa palavra, hoje associada a bagunça, desgoverno e falta de escrúpulos. O anarquismo a que ele se refere é um princípio pacífico, social, onde a ÉTICA conduz as relações entre os homens, a não-violência é imperiosa, até o ponto em que as pessoas consigam se auto-governar, ao mesmo tempo em que ajudam e convivem com seu próximo. Foi amigo de Ghandi, e com ele compartilhava a teoria da resistência pacífica.
O ponto forte deste livro é expor o Cristianismo aos cristãos e perguntar: "e aí? você vai só dizer que segue, ou vai PRATICAR o que seu deus te ensina?" (claro, numa colocação bem pessoal deste que vos escreve...)
Abordando principalmente os conflitos bélicos, a imbecilidade do serviço militar obrigatório, a discrepância do apoio dado pelas igrejas aos senhores da guerra, ele vai, paulatinamente, deixando os cristãos envergonhados, sem resposta para seus questionamentos.
Mas, obviamente, embora um livre-pensador à frente de seu tempo, certos conceitos herdados surgem, enraizados em sua personalidade. Tolstoi defendia a penitência, e até uma certa forma de celibato (nem...!), não era muito fã de avanços tecnológicos como um todo, e defendia até mesmo um modo de vida mais primitivo, como o dos primeiros cristãos.

De qualquer modo, se o assunto lhe interessa, se Tolstoi lhe interessa, ou se o livre-pensar lhe interessa ( e eu espero que sim!), esse é um daqueles livros que você precisa ler antes de ir pro buraco. Se você segue o cristianismo, é bom estar preparado, porque o velhinho vai te fazer questionamentos pesados e honestos. Se não segue, leia sem "pré-conceitos", procurando entender qual é a verdadeira proposta do autor. Abra a sua mente, e surpreenda-se com o que um velhote que viveu há tanto tempo tem a ensinar.

Pelo "subtítulo", você vê que é serious business...


música para reflexão: "Siberian Vacation", do Wild Dogs.


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