sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Onde (diabos) está o Liu ???

Wally? Esqueça...
O chinês LIU BOLIN é um artista especializado em invisibilidade. Com um talento absurdo e horas (e mais horas) de preparação, ele consegue se fundir ao ambiente, usando pintura corporal e fotos excepcionalmente bem tiradas. Já ganhou muitos prêmios e reconhecimento mundial com suas intervenções.
Não sei vocês, mas o "poder da invisibilidade" estaria entre as minhas escolhas mutantes... 
Confira uma pequena amostra do que o chinês apronta... é (não) ver pra crer...















música para reflexão: "The Invisible Man", do Marillion.



quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Tá frio? Que tal uma CERVEJA..?

"Se cerveja só serve pra refrescar, como é que as melhores vem justamente dos países mais frios...?"

Pow! Na lata! (ou na garrafa, na pressão...). Mais uma que os "cervejeiros de churrasco" vão odiar. 
Em alguns lugares deste estranho país, estamos em pleno inverno. Sim - frio, baixas temperaturas, friaca! E, mesmo que na maior parte do Brasil as temperaturas estejam escaldantes, a folhinha diz que é inverno. E muitos dos meus amigos que só tomam cerveja no estilo "trincando" ficam meio desanimados para encarar uma "geladésima" nesta estação.
É uma pena que a grande maioria deles não vá com a cara dela. A deliciosa cerveja  BOCK !!!
Produzida desde o século 14 pelos alemães (deus os abençoe!), essa cerveja encorpada, escura, forte e ricamente saborosa chegou aos nossos tempos com algumas variações, que só tornaram o gênero ainda mais interessante. 
Dizem que o nome BOCK pode ter vindo de uma corruptela de Einbeck, onde foi criado esse tipo de cerveja. Outros ainda acham que é a tradução literal da palavra alemã (bode), contando uma historinha sobre a cerveja só ser produzida nos meses do signo de Capricórnio... whatsoever, tudo isso só serve para deixar a criança mais atraente - e os rótulos mais artísticos e criativos.
O fato é que hoje em dia temos a BOCK TRADICIONAL, que é mais leve e adocicada, com pouca adição de lúpulo e uma coloração menos escura (do cobreado ao marrom claro). Aroma maltado, tostado, pouco alcoólico (o teor fica entre 6 a 7,5%). Mas muito equilibrada, nem amarga nem doce demais. Algumas marcas podem levar Dunkel no nome, o que já é um indicativo de uma cerveja balanceada e que agrada a quase todos os (bons) gostos.
A HELLES ou MAIBOCK já leva o conceito lager um pouco além. Aparentemente surgiu para tentar tornar o estilo, digamos, mais refrescante, para aquelas estações mais quentes da Europa. Como diz o nome, é clara (vai de dourada clara a âmbar), mais marcada pela presença de lúpulo, o que dá um gostinho mais amargo, mas apenas ligeiramente, já que o sabor do malte é bem presente. Com graduação alcoólica semelhante à tradicional, o carbono é mais pronunciado, e a consequência é um sabor mais "picante", se preferirem. Algumas marcas, sinceramente, não parecem ser mais do que uma lager normal, o que confunde um pouco os menos atentos.
DOPPELBOCK é a parte sagrada da família. Historicamente criadas por monges (e quem mais?), as doppel são o verdadeiro "pão líquido" - por isso eram bebidas por aqueles dedicados e santos homens nas épocas de "jejum" (o jejum deles diz respeito a alimentos "sólidos"... tá de sacanagem? Ficar só enchendo a fuça de cerva é algum tipo de penitência?). Bom... enfim... essa maravilha já eleva o grau de alegria para até 12%, e sua coloração é mais ampla: pode ir do dourado escuro até aquele marrom avermelhado incrível. De cara, você nota que a espuma é bem mais consistente e cremosa. O aroma é frutado, às vezes até achocolatado. Já o gosto é mais alcoólico, e o lúpulo é pouco notado - o malte tem um tom levemente tostado, o que dá um aftertaste bem característico. Devido ao seu nascimento "santo", ela foi batizada de "Salvator" quando surgiu - mas esse nome acabou virando propriedade da cervejaria Paulaner. Assim, muitas doppel modernas são batizadas com algum nome que termine por "tor", pra familiarizar. Alguns exemplos são a Optimator, Celebrator, Bajuvator... aí fica mais difícil errar na hora de escolher.
Então temos a EISBOCK, e um paradoxo interessante. Para se produzir essa cerveja perfeita para se tomar no inverno, os mestres simplesmente pegam a doppel, congelam (daí o Eis = gelo), e removem essa camada de gelo, que carrega consigo grande parte da água da cerveja. O que sobra é um líquido muito mais concentrado, forte, e de espuma fina. Pode conter tons frutados, achocolatados, mas sempre sobra um sabor encorpado, um leve adocicado que se mistura ao álcool - o equilíbrio perfeito entre suave e forte. Característica da região alemã de Kulmbach, essa jóia pode passar dos 13% de graduação alcoólica... ou seja, bonita, gostosa, cheirosa - mas bate como força!
Bem, embora existam muitas "variantes das variantes" (já que os cervejeiros adoram fazer experiências), o básico sobre as BOCKS está (bastante) resumido aí. Não são cervejas "comuns", não servem para acompanhar aquela batata frita sebosa, ou aquela porção de algum prato típico sei-lá-de-onde. Os "entendidos"(?) vão dizer que elas harmonizam com esse tipo de carne, aquele tipo de massa - e até doces! Particularmente, acho que a experiência de beber uma BOCK é como saborear um bom expresso, ou um destilado fino: devagar, curtindo desde o aroma até o barulho da espuma, gole a gole. Logo se percebe que é bem difícil "encher a cara" com esse tipo de bebida - ela alimenta, satisfaz, é verdadeiramente uma refeição por si só.
O que fica depois é um aftertaste delicioso, que você não quer mais tirar da boca. JAMAIS deve ser servida na mesma temperatura de uma Pilsen e, dependendo do clima, pode perfeitamente ir para a caldereta na temperatura ambiente. É uma bebida para o inverno, mas que - como tudo que é muito bom - vai bem em qualquer estação!
PROSIT!




música para reflexão: "Black Bock", do Melvins.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Cães...

Eles nos protegem, nos ajudam, nos acompanham, trabalham para nós, nos salvam.
Mais do que isso, eles nos confortam. Eles estão ali, quando precisamos...
Rotulados como irracionais, talvez estejam um passo além na evolução. Afinal, eles não julgam...



























música para reflexão: "Dog Years", do sacrossanto RUSH

terça-feira, 23 de agosto de 2011

King Eddie, the wicked...

A grande virtude do movimento Grunge, que floresceu ali pela metade da década de 80, foi esculachar o mainstream de então, cheio de conjuntinhos ridículos e artistas medíocres. A música estava tão voltada para o aspecto visual, que até bandas respeitabilíssimas começaram a colorir suas roupas e empestear seus cabelos com aquelas melecas horrorosas. Então apareceram esses sujões, garotos maltrapilhos, desgrenhados, sofríveis como músicos - mas com um animus anárquico e revolucionário. Na contramão dos queridinhos das gravadoras, lotavam espeluncas cheias de garotos perdidos como eles, tocando suas guitarras distorcidas e gritando suas letras depressivas. Alguns dizem que o Grunge salvou o Rock Pesado. E talvez até possa ser verdade.
Mas esta não é a questão aqui. Mesmo porque, para muitos, o movimento se resume a bandas como Nirvana. E se eu for falar do real Grunge, tenho que começar com Mudhoney, TAD, Screaming Trees, e aquela que pra mim sempre será a melhor de todas elas: Soundgarden.
O assunto hoje é o senhor Edward Louis Severson III, um coroa que vai completar 47 em dezembro. Como quase todos, dono de uma infância pouco fácil, EDDIE VEDDER passou a maior parte dela acreditando ser filho verdadeiro daquele que era seu padrasto. Vivendo entre meio-irmãos e discos do THE WHO, ganhou uma guitarra aos 12 e nunca mais quis saber de outra coisa.
Aí vieram Bad Radio, Mother Love Bone, Temple of the Dog, e - finalmente - Pearl Jam! O "cara" havia encontrado "a banda". O resto é história. Uma história cheia de altos e baixos, de uma carreira musical que deu muitas voltas em termos de estilo. Da pauleira lascada à baladinha com banjos, Eddie e sua trupe fizeram de tudo. Na internet você vai encontrar toneladas de informações sobre o menino e sua obra.
Aqui hoje vamos só lembrar o Eddie que, diante dos fãs, passou de garotão loucaço a homem consciente. Lembro que, quando a gente via essa galera do Grunge, achava que ia todo mundo acabar na overdose, no suicídio ou no ostracismo mascarado dos programas ridículos (de reality show pra baixo, se existir). E - de fato - alguns até acabaram nesse rumo. 
Mas Vedder conseguiu, em primeiríssimo lugar, um público cativo, que não apenas quer ouvi-lo cantar, mas também quer ouvir o que ele tem a dizer. Suas idéias liberais já fizeram muitas cabeças (quem não se lembra do "Acústico MTV" do Pearl Jam em que ele pega um pincel atômico e escreve "pro choice" no próprio braço?). Fez shows para arrecadar grana para a defesa de quatro adolescentes do Arkansas, injustamente acusados do assassinato de 3 crianças em 94, com base apenas no fato de que eram viciados em RPG de terror (nota: esta semana todos foram libertados, graças aos exames forenses financiados por Eddie e colegas como Johnny Depp). Lutou contra a fome, o desmatamento, a extinção de animais, o fim das guerras...
Apesar disso, muito pouco se fala de Vedder nas desgraçadas revistas de fofocas. Foi casado um tempão com uma namorada de juventude. Casou-se novamente e tem dois filhos. Declara-se ateu, e pensa que as religiões mais fazem mal do que bem. Ao contrário de outros ex-grunges que viveram suas vidas diante das lentes, o baixinho circula livremente - principalmente em eventos esportivos de que é fã. 
Fala mansa, jeito tímido. Um cabeção para compor, tanto na banda quanto nos muitos trabalhos solos e participações com outros artistas. Fez a melancólica trilha do filme "Into the Wild", e até um disco solo com músicas feitas na guitarrinha havaiana...
Vou confessar que, apesar de ter quase tudo do Pearl Jam, não cheguei ao patamar de "fã" incondicional. Isso apesar de eles terem feito um dos melhores álbuns daquela década, o "Ten", um clip fodástico, que é o de "Jeremy" e uma das melhores montagens ao vivo que eu já vi - "Even Flow" (já assisti zilhões de vezes, sempre forçando as poucas cervicais intactas que me restam...).
Mas, quanto ao senhor Eddie Vedder, esse quarentão rockeiro, cabeludo, iconoclasta, e cheio de atitude (sincera, não palhaçada pra mídia!), certamente ele merece meu respeito, admiração e desejo de uma longa e produtiva carreira. 

Eddie spoke in class today...






música para reflexão: "Even Flow", vendo o clip, que começa com Eddie dando bronca no iluminador e dizendo "essa porra não é um studi de TV, é um concerto de Rock - abaixe essas luzes", e termina com o melhor stage dive que eu já vi...

Não é que é ruim... é MUITO ruim...

O "WHIPLASH.NET", do meu amigo João,  reuniu 10 pérolas da superprodução musical "pesada" em forma de clip. Tosqueira, podridão, e principalmente - muita gente feia. Chega a doer... por isso é legal pacas.

Confira:

http://whiplash.net/materias/humor/136338.html



\,,/

domingo, 21 de agosto de 2011