quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

High as a kite...

Faz tempo que não faço um post aqui.
Os meninos têm me cobrado... por que eu ando tão, como direi, letárgico..?

Prometo escrever mais, mas por hora vou postar a foto de uma amiga recém-conhecida.

Qualquer relação com minha ausência é mera coincidência...(hic!)

um russo de sombrero...? Da!



música para reflexão: "Born to Booze", do Black Label Society

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

É a festa da torcida campeã!!!

...e parabéns pelo título!

Não se deve discutir política, religião, e... futebol. É o que dizem, certo?
Então, como já discutimos bastante política e religião, está na hora de falar da "pátria de chuteiras", esse esporte nobre, bonito, vigoroso, que consiste de 22 machos (por assim dizer) correndo atrás de uma bola. 
Compõem o esporte: cabelos "estilosos", tatuagens (geralmente com nome de mulher, filhos ou jesus), brincos de brilhantes (dos grandes, please!), carrões caríssimos, mulheres facílimas, e muita...muita adoração pública.
Para descrever é preciso generalizar. Felizmente, nem todos - de ambos os lados da cerca que divide o gramado da torcida - se enquadram nos estereótipos. Mas são as exceções que fortalecem a regra.
Eu gosto de esportes. Muito. Embora confesse que prefiro os individuais, onde o atleta tem que superar seus próprios limites, também acho interessante os coletivos. Não que pare para assistir, porque na verdade prefiro perder esse tempo todo com um programa mais interessante. Mas todo esporte parte de um princípio digno de competitividade, saúde, boa forma, superação. Quando bem aplicado, mostra o que o ser humano tem de melhor.
Mas não consigo ver isso no futebol. E - entendam - no futebol profissional, dito de "alto nível", formado por times campeões, atletas miliardários e transmissão pela TV. Tudo bem, gosto é gosto, e se você quer perder seu tempo ocioso vendo essas criaturas chutando a pelota de cá pra lá, ótimo! Seja feliz...
Entretanto, tudo que desperta tanta "paixão"(?), também traz à tona o que o ser humano tem de pior. 
Como temos acompanhado pelos noticiários, nosso amado país, que irá sediar a maior competição desse esporte no planeta, tem protagonizado cenas dignas de filmes de zumbis. Imbecis vestidos de uma certa cor agredindo idiotas vestidos de outra cor. Pancadaria, tumulto, morte.
os socorristas perdem seu precioso tempo com quem poderia estar em casa, na paz...

...e a cidade fica menos protegida porque a polícia precisa proteger os animais de outros animais...

E por que?
Porque "meu time" é melhor que o seu. Porque "minha camisa" é mais bonita que a sua. Porque a porcaria do meu time ganhou ou perdeu, e o seu não. E, como não estamos em um clube de xadrez ou jogando RPG, vamos exercitar aquela ervilha que chamamos de cérebro e fazer o óbvio: a selvageria.
O que exatamente você ganha quando seu time é campeão de algum desses milhares de campeonatos? O prazer de chegar no dia seguinte no trampo com a camisa do time e tirar sarro dos colegas? A inenarrável satisfação de colar um adesivo no carro para que o mundo veja que sua poderosa esquadra é a campeã do...sei lá qual...título?
O que leva um cidadão a deixar a família em casa, se enfiar num coliseu chamado estádio, e se refestelar pulando e cantando, misturando seus fluidos corporais aos de centenas de "companheiros  de torcida"? 
E - mais ainda - qual a mínima razão de partir para a violência, de agredir (e até matar) alguém que você nem conhece, um pai de família, apenas porque ele escolheu torcer pelo time adversário? 
Eu entendo guerreiros no campo de batalha. Entendo os gladiadores que lutavam pela própria existência. Entendo até o criminoso que arrisca sua vida para o que acha ser seu "trabalho"(???).... mas ninguém vai me convencer de que existe um mínimo de razoabilidade em fazer o que esses animais fazem.
No passado, o Brasil baniu a briga de galos. São proibidas todas as rinhas envolvendo animais.
Mas tirar a tarde de domingo para deixar a patroa em casa (bom, pelo menos ela sai ganhando, com toda certeza) e se aventurar num estádio, aí é legal pacas! Nós, que não gostamos de futebol, é que somos os "anormais". E aí, ou você volta pra casa feliz porque a porra do seu time ganhou (e você continua tão rico, lindo e famoso quanto era antes), ou volta arrasado porque levou ferro do adversário (e aí, pobre da família, aguentando o mal humor do papai perdedor). Melhor ainda - não volta. Porque foi preso, ou simplesmente morreu.
Ah, é. Tem um fato que não se pode esquecer...
Enquanto você gastou seu precioso dia de folga se arrumando, pegando condução, ou deixando seu carro a deus dará na porta dos estádios, e se deleitou sob sol e chuva abraçado aos seus perfumados colegas de torcida. E voltou pra casa mais pobre com os preços extorsivos dos ingressos - isso se der a sorte de voltar... seus "ídolos" colocaram mais algumas dezenas de milhares de reais em seus bolsos.

Você reclama de pagar a mordomia dos políticos. Mas acha lindo pagar as farras, excessos e putarias desses caras. Passa a semana correndo atrás do "pão", e o final de semana curtindo o "circo". Então, mais uma vez, parabéns meu amigo, minha amiga! Encha o peito, abrace o torcedor ao lado, e grite "SOU campeão!!!" Depois eu conto qual o seu título...

calma! ao invés de educação, ele optou pelo esporte... Brasil-sil-sil!






música para reflexão: "Violence and Bloodshed", do Manowar.