sexta-feira, 30 de setembro de 2011

No, thanks...

Sou do tempo em que ROCK era ROCK MESMO!
Nada contra a diversidade de gostos. Este é o Brasil, afinal de contas...
Mas poderiam pelo menos ter a dignidade de mudar o nome do evento. Eu sou daqueles que consideram sacrilégio fazer um mexido de pouquíssima coisa boa e um monte de lixo... e chamar de ROCK.

Que tal... "MOCK in RIO"  ?!






música para reflexão: "Spirit of the Radio", do olímpico RUSH.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Em 29 de setembro de 1890...



Jean-Baptiste Alphonse Karr foi um novelista francês.
Nascido em Paris em 1808, ele trocou de mundos há exatos 121 anos, no mesmo dia 29 de setembro consagrado a São Miguel Arcanjo, tão querido dos franceses, padroeiro dos policiais e dos paraquedistas.
Karr foi professor no mesmo colégio em que estudou, o conceituado Bourbon, além de editor do Le Figaro e fundador do Le Journal. Mas suas obras literárias o definem bem melhor do que seu reconhecido trabalho jornalístico, como reconheceria Puccini, que criou sua ópera "Le Villi" baseado na crônica Les Willis, escrita por Karr.
Seu estilo elegante não escondia a mordacidade e um certo tom de melancolia. Viveu em um mundo e uma época em que tudo estava em ebulição. Se hoje falamos em fim do mundo, seus contemporâneos falavam de um novo mundo que se construía a olhos vistos. Novas máquinas (seu irmão Eugène era um conceituado engenheiro), novos remédios, novos rumos políticos, novas ideologias... uma nova humanidade florescendo na velha Europa, e se espalhando pelos continentes.
Karr conseguiu captar o sentimento de perplexidade do novo homem de então. Uma nova poesia, agora mais cronista e aberta do que antes. O amor romântico agora é confrontado com o desgastante relacionamento amoroso cotidiano. A vida, com seus poucos altos e muitos baixos. Novas expectativas trazendo novos e pesados fardos. Tudo parece novo e revolucionário, mas nada realmente muda. 
E esse tornou-se, na verdade, o mais famoso de seus epigramas - em Les Guêpes, de 1849, Karr decretou para a eternidade: "plus ça change, plus c'est la même chose", uma mordaz (e apavorante) constatação de que, não importa o quanto o mundo, as pessoas e as coisas pareçam mudar - tudo continua o mesmo. Nada realmente muda.

Estas são as novelas que publicou, entre centenas de outros trabalhos diversificados:
  • Sous les Tilleuls (1832)
  • Une heure trop tard (1833) - minha preferida, e minha sugestão para quem quer conhecer o autor.
  • Vendredi soir (1835)
  • Le chemin le plus court (1836)
  • Geneviève (1838)
  • Voyage autour de mon jardin (1845)
  • Feu Bressier (1848)
  • Fort en thème (1853)
  • Les Soirés de Sainte-Adresse (1853)
  • Histoires Normandes (1855)
  • Au bord de la mer (1860)
  • Une poignee de verites (1866)
  • Livre de bord (1879–80) - sua autobiografia, uma obra antológica.
Busto de Karr na rua que leva seu nome, na cidade francesa de Nice.

Como todo gênio, tinha diversos interesses. Em particular, a floricultura. Foi morar na belíssima Nice com o objetivo primordial de plantar, colher, ou simplesmente observar e catalogar flores. 
 
(Que meio melhor e mais onírico de constatar a efemeridade e a imutabilidade das coisas?)

Por isso, minha sugestão de música tem que ser "Circumstances", do absoluto RUSH, onde outro gênio inclui a citação de Jean-Baptiste Alphonse Karr em uma letra-conto que mantém o elevado nível da obra citada.



Uma leitura perfeita para o 29 de setembro de 2011.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

domingo, 25 de setembro de 2011

Becoming Russian...

Um pequeno kit de emergência para uma noite russa. Enquanto as (centenas) de fotos do dia baixam no computador. Sem Vodka, pra não ser manjado demais... pelo menos por enquanto...


Saber um pouco mais de Pedro (o Grande), uma nova palavrinha (de preferência, PIVA), e... tomar uma overdose da atmosfera inimaginável de uma cidade como St. Petersburg. Aqui morreu Dostoievski. Aqui a vida valeu um pouco mais a pena...



música para reflexão: "From Russia with Love", de Matt Munro.