sábado, 2 de julho de 2011

Tattoo... ou você AMA, ou nem pense em fazer...

é de assustar até os próprios E.T.s...

Quem é que gosta de tatuagem? Os outcasts, os contraculturas, os moderninhos, os rebeldes, os que fazem o que todo mundo faz? Todos esses? Nenhum?
Há alguns anos era um privilégio daqueles que iam contra o sistema. "Tatuagem é coisa de bandido", diziam... mulher tatuada? Sacrilégio! Abominação!
E hoje parece que é coisa de playba, de piriguete. Um faz porque o outro fez. É "bonitinho", é "descolado", é... "rebelde de boutique". Depois - corre tirar com laser! "Não consigo emprego, sou discriminado", ou o pior dos piores - "fiz sem pensar!"
Sem brincadeira? É podre o animal que marca o corpo definitivamente sem medir as consequências! Toda vez que fui ao estúdio fazer uma tattoo (e não foram poucas as vezes), vi alguém folheando catálogos de desenhos, em busca de algo "maneiro para tatuar". E, na minha modesta opinião, isso não existe! Tatuagem é INDELÉVEL, é uma assinatura, uma declaração, um outdoor para o mundo ver! Não é algo que se escolha, que se copie de alguém que fez igual... Se você quer uma tattoo, mas nem sabe O QUE quer tatuar, está invertendo as coisas. Primeiro nasce a idéia, a MENSAGEM, depois vem a arte, e aí sim já dá pra saber se é aquilo mesmo que você quer injetado na sua pele. Tatuagem tem que ser pensada, refletida, analisada. Por isso o tatuador coloca o estêncil primeiro e manda você olhar no espelho. É a hora em que você analisa, olha bem, e imagina aquilo cravado na sua pele pelo resto dos seus dias. Seus filhos (e netos?) irão ver, seu chefe provavelmente irá ver, seu ente amado irá ver (e muito!). Hoje você é jovem, tudo firme e durinho - como vai ficar o rabisco daqui algumas décadas, quando a pele estiver parecendo cortina de box?!?
Não é um nome de namoradinha, não é a banda da modinha, nem um desenhinho que é "da hora". É ALGO QUE SERÁ PARTE DO SEU PRÓPRIO "EU" PARA O RESTO DOS SEUS DIAS!!!!!!
É lindo, é style, é o máximo de individualidade que um ser humano pode optar! Mas não pode ser por impulso, por paixão, muito menos por moda! Um desenho não vai definir você - quantos são os rebeldes, os que não se enquadram em nada de modinha, que não tem um único pingo de tinta no lombo? Pegue o fodástico ZAKK WYLDE, só como exemplo! O bárbaro não tem uma única tinta, e é cheio de atitude!
Eu garanto que uma das melhores sensações é você olhar no espelho e ver um desenho que você ama gravado na sua pele. Mas deve ser (e é uma sensação que eu jamais terei) hediondo ver um rabisco que você gostaria de jamais ter feito, pichado em você, ad eternum...
Então, vai por mim - pense muito, muito bem! Tattoo vai na alma, não só na pele....
E se você tem vivência no ramo - boa ou ruim - me conta. É um clube bem populoso esse, dos rabiscados...
celta
cicatriz de remoção de tatuagem a laser


música para reflexão: "Tattoo", do The Who.


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Cantadas monstruosas...

Eles são grandes sucessos do cinema e da literatura. Agora, eles querem você. Qual cantada é a melhor?



Música para reflexão: "Freak", do Silverchair

sexta-feira, 1 de julho de 2011

A mais insana corrida de motos do planeta...

Ah, como eu queria... com esse tanto de osso que eu ainda não quebrei!!!

A corrida acontece na maravilhosa Isle of Man, no Reino Unido. O número de pilotos que desencarnaram nessa prova já passa (bem) dos 200. Mas, a cada dia, novos viciados em adrenalina aparecem para tentar pelo menos chegar ao fim inteiros.
ASSISTA!!! Até com o som do Moby, vale muito a pena ver a insanidade desses kamikazes.


Clica aí, ó:

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=AxHzwWndtvk



música para reflexão: "Flirting with suicide", do Praying Mantis



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quinta-feira, 30 de junho de 2011

Joãozinho Depp é, SIM, do Rock'n'Roll !!!

Vocês se lembram do que eu disse NESSE POST ? Intaum... olha a prova aí:

Ambos estamos em boa forma, não é Johnny?

Johnny Depp fez uma participação especial no show de Alice Cooper em Londres no domingo, 26. Empunhando uma guitarra, o ator subiu ao palco de uma casa noturna e tocou clássicos do doidivanas Cooper, como "I'm Eighteen" e "School's Out".  Inclusive sapecaram uma versão personalizada de "Another Brick in the Wall", do eterno Floyd.
Alice anunciou o astro no palco como "o bluesmaster Mister Johnny D de Kentucky" e fez um set de 75 minutos com doze músicas. Depp era a quarta guitarra na formação, portanto, segundo o "The Guardian", não mudou muito o som da banda. Segundo o roqueiro veterano, Depp poderia estar na banda "se essa coisa de cinema não tivesse acontecido". Opas...
Tô mandando bem, tia Alice?
 Johnny tem uma longa história com o Rock. Já tocou guitarra com o Oasis na música "Fade in-out", em 1997, e no álbum de estreia de Shane MacGowan. Ele também formou o grupo "P", com membros do Butthole Surfers, Sex Pistols e Red Hot Chili Peppers e até 2004 era sócio do clube de rock californiano Viper Room.
 Joãozinho pode não ser Steve Vai, mas certamente é do ramo. Ponto pra ele!!

Os doidos sempre se entendem - principalmente no palco... 

E... ó só: tem até um videozinho da bagaça: http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=1v8a9ZHi66U



Música para reflexão: "I'm a Rocker", do Thin Lizzy


Mas, e 2012, hein?!?

Será que vem, mesmo?


Fica, vai ter bolo!






música para reflexão: "Distant Early Warning", do fodástico RUSH.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

A cada ação, uma reação...

A cada dia fica mais difícil contestar o fato de que as mulheres são seres superiores. E a maior prova disso é que, a cada dia, cresce o número delas agredidas por homens. Aliás, homens não, "machos" - na mais perfeita acepção da palavra, pois remete ao gênero animal. HOMENS não agridem mulheres, "machos" sim. Isso porque Homens não utilizam como recurso a única superioridade masculina, a força física. Já os "machos" não conseguem argumentar, ponderar, racionalizar... sobram os punhos, como aos animais sobrariam dentes, garras e chifres.
O que incomoda é que, mesmo com leis modernas como a chamada "Maria da Penha", as delegacias de atendimento à mulher e tanta mídia a respeito, ainda assim as próprias mulheres não procuram se proteger dos predadores masculinos. Antes que a lei e a justiça possam punir ou evitar, a mulher deveria estar preparada para revidar uma agressão.
Não, não estou falando de ser atacada por um criminoso na rua, armado e disposto a tudo! Falo daquele "inimigo íntimo", o namorado, marido, companheiro. Aquele que, um belo dia, vai achar que tem o direito de espancar sua companheira: um tapa, um soco, algo mais violento. E vai fazer isso porque sabe que ela não vai saber se defender.
É ÓBVIO que uma agressão sofrida tem sempre que ser A ÚLTIMA, pois uma mulher com um mínimo de inteligência e respeito próprio não vai dar a um otário que a espancou uma segunda chance. Mas, na hora, uma boa esquiva ou um golpezinho bem colocado certamente vão deixar o valentão - no mínimo - surpreso. De preferência, de olho roxo.
Existem muitas técnicas de autodefesa, e muitas delas desenvolvidas especialmente para as mulheres. Definitivamente, o KRAV-MAGÁ é um dos métodos mais eficientes que uma mulher pode aprender e facilmente aplicar, e o motivo é simples: em Israel, onde essa técnica foi criada, homens e mulheres são adestrados fisicamente de uma maneira muito semelhante, desde as aulinhas de educação física nas escolas até o serviço militar (que é obrigatório para ambos os sexos). A estatura geralmente menor e mais frágil das mulheres é considerada, para que seu modo de defender e atacar seja compensado contra um oponente mais forte.
Só o ato de procurar um modo de se defender já é uma mudança saudável de mentalidade. O importante é criar no "macho" a certeza de que ali ninguém vai apanhar sem revidar. Não precisa chegar ao nível da personagem principal do filme "Nunca Mais" - mesmo porquê, dificilmente o "macho" que apanha vai se atrever a tentar agredir de novo... mas uma postura forte, uma atitude forte, acabam criando uma mulher forte. Dessas que atraem os Homens... e repelem os "machos".
É só uma questão de escolher o que você prefere para a sua vida.
É uma lei da Física reagir a uma ação - então, reaja!
Calma, mulherada! Também não precisa chegar a tanto...


música para reflexão: "Can't get the best of me", do Cypress Hill


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terça-feira, 28 de junho de 2011

O pesadíssimo som dos VIOLONCELOS...


A FINLÂNDIA é o berço de muitas e surpreendentes bandas pesadas. Os nórdicos, de um modo geral, são mestres em transformar estilos em algo totalmente novo. Hoje já está batido o tal "Metal Melódico", mas nos anos 90 os vikings surgiram com uma bizarra combinação de Metal, melodia clássica, vozes guturais - junto com sopranos e cordas acústicas...
Na minha opinião, o que de mais surpreendente veio daquelas gélidas e lindas plagas (aguardem, tô chegando por aí!) foi o APOCALYPTICA. Formada em 1993 em Helsinki por quatro violoncelistas clássicos (Eicca Toppinen, Paavo Lötjönen, Max Lilja e Antero Manninen), sua primeira meta era transformar clássicos do METALLICA para a sonoridade distinta das orquestras de câmara. Mas, à medida que os álbuns foram sendo lançados, passaram a incluir covers de outras bandas, tão distintas quanto Faith No More e Pantera, só pra citar algumas.
Um dos maiores méritos desses doidos é provar com toda clareza o parentesco entre a música clássica e o Hard Rock: quem já ouviu Wagner, Bartok ou até mesmo Bach vai encontrar essa cadeia de DNA muito bem definida.
Seus shows ao vivo são um capítulo à parte. Headbanging total, energia visceral do público, além de tudo o que um autêntico show de Metal deve ter: mosh, pogo, whiplash e stage diving. De tirar o fôlego, literalmente.
Outro grande mérito do APOCALYPTICA é atrair aqueles que nem são assim tão headbangers. Isso porque eles são músicos absurdamente competentes, todos com passagens em outras bandas e orquestras clássicas, como a própria Filarmônica de Helsinki. Hoje a formação tem, além de Eicca e Paavo, o violoncelista Perttu Kivilaakso, o baterista Miko Sirén, e em alguns shows a participação do vocalista Toryn Green.
Faz uma forcinha e veja alguma coisa deles, no Youtube ou outro lugar. Vai ser difícil não ficar fã, ou pelo menos admitir que ouviu algo surpreendentemente bom.  
Heavy Metal cellos to the world!!!


música para reflexão: absolutamente TODAS do grande APOCALYPTICA!


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segunda-feira, 27 de junho de 2011

Discrepâncias da fé...

Cada um com sua crença. Quem não tem nenhuma, ri de todas...


música para reflexão: "Faith divides us, Death unites us", do Paradise Lost

domingo, 26 de junho de 2011

quando as idéias não correspondem aos fatos...

E cá estamos nós de novo. Dessacralizando o que a mídia considera sagrado. Cabeça exposta às pedradas. Mas com a satisfação do dever cumprido... NUNCA SEGUIR O REBANHO! Eis a historinha de hoje:

Agenor nasceu rico. Muito rico. Nasceu e cresceu no Leblon, passava férias na Europa desde criança. Seu contato com a realidade (ou seja, a pobreza) se dava pelos vidros escurecidos do carro em que o motorista da família o levava ao burguesíssimo Colégio Santo Inácio. Ali pelos meados de 1976, ganhou um carro zero do papai megaempresário por ter realizado a façanha de passar no dificílimo vestibular para Comunicação. Carro na mão, mesada no bolso, largou tudo e foi atrás da "galera do mal" do baixo Leblon. Envolvido com as substâncias "perigosas", papai preocupado o colocou para trabalhar como boy de luxo em sua empresa. Mas, ainda sem destino, foi enviado para San Francisco para fazer um curso de fotografia. Ato seguinte, voltou ao país natal (Rio) e, sem o menor perrengue graças ao paitrocínio, começou a se envolver seriamente com música e teatro.
Aí entra pra uma banda e papai, "relutantemente", acaba produzindo seu sucesso e o lançando aos píncaros do estrelato.
Seria a história de um Sidarta moderno se ele tivesse abandonado tudo e ido viver com a gente real, o povo de verdade que sustenta o topo da pirâmide social, e de seu suor e lágrimas cria a música mais autêntica que um país pode ter.
Mas Agenor preferiu pescar no seguro aquário do conformismo. Vivendo, como ele mesmo dizia, o Grand Monde, frequentando os frequentadores das colunas sociais em festas regadas a todos os excessos que só são permitidos quando se pode comprar o establishment, começou a fazer seu nome em divagações de protesto social, denúncia das desigualdades e palavras que, ditas por um autêntico proletário, até pareceriam verossímeis.
Entre um teco e outro, Agenor tinha devaneios de um mundo justo. Um mundo onde as pessoas pudessem ter o que ele tinha - sem que ele próprio tivesse que abrir mão da sua parte. Uma redistribuição da renda "dos outros", um moralismo da burguesia amoral, uma "ideologia" tortuosa, moldada nos bares e redutos da altíssima sociedade carioca, entre quilos de drogas trazidas dos guetos, do submundo onde jamais colocou os pés, onde a miséria molda a criminalidade, e o crime sustenta o vício dos riquinhos, levando as "substâncias do mal" diretamente às portas de seus condomínios de luxo.
 Viveu no excesso, morreu pelo excesso. Aos 32 anos, sucumbiu às complicações decorrentes da AIDS. E aí fez-se o turning point de sua história. Martirizado em público, exibido (e explorado) em programas de TV com seu corpo encarquilhado, fragilizado e já sem qualquer vitalidade, teve sua obra definitivamente consagrada. Foi alçado ao panteão dos "grandes poetas da MPB", e hoje é figura dogmática da crítica musical.
Cazuza foi um jovem rico, mimado, protegido, que - de dentro de sua bolha hermética no alto do castelo da corrompida e conivente high society brasileira, pretendeu cantar o mundo que via lá embaixo, na miséria. Foi mais nobre que Maria Antonieta, mas não pode ser colocado no mesmo pedestal de um Cartola. Dotado de boa cultura, colhida em excelentes escolas, era um razoável letrista - fato que pode ser notado apesar das musiquinhas fáceis que fazia pra tocar nas FMs. Mas dificilmente teria tantos "admiradores", tivesse ele nascido no mundo que tentou cantar, ao invés da piscina cheia de ratos que é o mundo dos tubarões da música, onde nasceu e foi criado...

Com papai "dono" da Som Livre, bolando uma ideologia pra viver...

música para reflexão: "Know your Enemy", do Rage Against the Machine.



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