sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Tens coragem??!?

O efeito de luz é perfeito...

Cores vivas, quase saltando da pele...

Belissimamente enfeiado.

Detalhista... feito por mestre.

MUITO real, tem até consistência.

Não parece tridimensional?

Sombreado harmônico.

Note o relevo.

Um desenho dentro de um desenho.

Realista até demais.

O mestre soube usar o branco para o brilho.

Surreal.
 
Gosto (bom ou mau) é irrelevante - o artista faz o que o cliente quer feito.
A questão aqui é: o talento desses artistas, que conseguem fazer, em uma tela tão instável como a pele humana, texturas inacreditáveis, dando brilho, suavidade e consistência às obras.
Talento de quem faz... coragem de quem usa...
E você, encara?!?



música para reflexão:  "The taste of ink", do The Used.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Alguém que você gosta muito vai morrer tragicamente...

O cartaz que as peças aí em cima seguram diz tudo...

Charlie Harper, personagem de Charlie Sheen em "Two and a Half Men", morrerá no episódio de estreia da nova temporada da série, que vai ao ar no dia 19 de setembro. A informação é do site "Deadline".
Charlie Sheen foi demitido da série em março, em razão de problemas com bebidas e drogas, além do seu ego um tanto...como direi... inflado. Ashton Kutcher foi escalado como substituto do ator, mas a produção ainda não revelou oficialmente qual será seu papel.
Segundo o "Deadline", o funeral de Charlie Harper no episódio de estreia estará lotado de ex-namoradas do playboy comedor. A casa de praia em que ele vivia será posta à venda pelo irmão Alan e pelo sobrinho Jake, e algumas celebridades da vida real tentarão comprá-la. Segundo a reportagem, o personagem de Ashton ficará com a mansão (que m... de enredo, hein?). Ashton, que tem contrato de um ano com a CBS, deve receber cerca de US$ 700 mil por episódio gravado. Charlie Sheen recebia US$ 2 milhões por cada episódio.

Minha questão é: será que os fãs "hardcore" da série (a maioria) vão engolir o "bonitão" primeiro-damo da Demi Moore? Sheen não estava no posto porque era "galã". Ele ERA o personagem, e pronto. Bêbado, mulherengo, hedonista, inconsequente, com aquela carência latente que sempre o entregava...
Agora os fãs vão ter que lidar com Ashton "Baby girl face"... que - até o momento - nunca fez um papel que convencesse (tá bom, ele era engraçadinho como o Kelso de "That 70's show", mas...).
Outra coisa - precisava esculhambar a "memória" do velho Charlie, matando o infeliz sem mais nem menos??? Não é muita vendetta, não??!

É esperar (e assistir) pra saber... só espero que o mesmo não ocorra com "The Big Bang Theory". Qualquer dos 4 patetas que saísse iria desfalcar irremediavelmente essa série incrível.

música para reflexão: "Trashed", do Sabbath com Gillan.


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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Insubstituível...

É incrível que já faz tanto tempo que estamos sem CLIFF BURTON!!!

No dia 27 de setembro de 1986, um trágico acidente de ônibus encerrava a carreira de um dos mais enigmáticos, carismáticos e talentosos músicos que o heavy metal conheceu. Clifford Lee Burton entrou para o Metallica no final de 1982 e sua curta jornada na banda rendeu alguns dos maiores clássicos da história do heavy metal. Coincidência ou não, os 3 discos gravados com Cliff são até hoje considerados a fase áurea da banda. Muito provavelmente o músico mais virtuoso e inventivo que já passou pelo quarteto da Bay Area, sua presença na banda e suas linhas de baixo únicas permitiram a construção de harmonias, riffs de guitarra e melodias que dificilmente poderiam ser imaginadas sem ele. Fã confesso de Lemmy Kilmister e de seu estilo de tocar, Cliff também era conhecido por ser um sujeito absolutamente eclético, capaz de apreciar coisas tão diversas quanto Motörhead, Bach e R.E.M. Sua imagem foi e sempre será sinônimo de heavy metal em sua essência mais pura. (por Ronaldo Costa)

Mais do que isso, Cliff era um conciliador, daqueles que se davam bem com todas as "gangues" e grupos (aquela época era um grupinho pra lá, outro pra cá...). Circulava pela galera do couro e tachas com seus jeans boca-de-sino rasgados e cabelão riponga. Porralouca, sorridente e espirituoso, era uma figura respeitadíssima, mas sem estrelismos nem afetações. Algo cada vez mais raro hoje em dia...
Faz falta...
 



música para reflexão: Qualquer uma da fase áurea do Metallica (fase áurea = Cliff Burton)


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domingo, 31 de julho de 2011

A quem pertence a sua vida?

O que é a morte? Existe algo depois dela?
O suicídio é justificável? Somos donos de nossas próprias existências, a ponto de encerrá-las quando quisermos?
Quem julga isso? Deus? Há um Deus? Ele existe e nos instrui... ou é o nosso medo e desespero que criam em nossas mentes a "esperança" de uma vida melhor após esta, de um ser bom e misericordioso que - se nos comportarmos conforme suas regras - vai nos proporcionar uma eternidade feliz em algum paraíso?

Questões como essas são a tônica da peça "THE SUNSET LIMITED", escrita pelo americano Cormac Mc Carthy e encenada pela primeira vez no ano de 2006. No mesmo ano virou livro e, felizmente, o autor colocou como subtítulo "A Novel in Dramatic Form". Digo "felizmente", porque foi esse subtítulo que me levou a comprar o livro, já que o título não me atraiu, e eu não havia visto a sinopse antes.
O livro já seria altamente recomendável, mesmo com uma levada que nem sempre é fácil. Muitas idas e vindas das argumentações levam você a voltar algumas páginas para relembrar certas idéias colocadas.
Mas aqui aconteceu um daqueles casos raríssimos - o livro virou filme, e o filme é brilhante!
Primeiro pela escolha dos personagens, dois monstros do cinema (e dos meus preferidos): Samuel L. Jackson, e Tommy Lee Jones - que também dirige a película.
O filme tem o mesmo título, e a trama é absolutamente fiel. Todo o enredo se passa no apartamento em que vive um dos personagens, emblematicamente chamado de Black (Jackson). Ex-presidiário, convertido em evangélico e pregador para bandidos e drogados, ele salva o professor White (Jones) de uma tentativa de suicídio, e o leva ao seu decadente apartamento, onde quer dissuadi-lo da idéia, além de tentar convencê-lo a abraçar a fé, a Bíblia, a igreja, o pacote todo. Black tranca a porta e recusa-se a deixá-lo ir enquanto não mudar de idéia sobre o suicídio.
White é um ateu convicto. Pragmático, realista e amargo, tem a seu favor uma cultura superior, e rebate os argumentos fervorosos de Black com ironia, cinismo e uma dialética quase inatacável.
É um filme incrível para quem tem a mente aberta, não teme ver suas próprias certezas abaladas, e principalmente se dá o luxo de questionar. Black não é um pregador habitual. Disfarça bem seu fanatismo, ri quando White blasfema, e admite não crer em tudo o tempo todo. Às vezes parece até mudar de lado para tentar ludibriar o ateu. Já White começa com uma postura agressiva - quer sair dali e terminar o que começou. Mas, aos poucos, vai entrando no jogo do pastor e começa a debater, às vezes até parecendo ser solidário, mas nunca cedendo terreno. A grande sacada de McCarthy está clara: nada é totalmente preto ou branco. Nenhuma verdade sobre qualquer coisa é absoluta...
Quem vai vencer a peleja?
Não faz diferença. O filme é uma aula de filosofia prática. Verdades que herdamos dos nossos semi-selvagens antepassados, verdades criadas por nós mesmos, verdades universais inquestionáveis... todas elas sucumbem a uma única inevitabilidade: a morte. Se ela pertence a Deus ou a nós mesmos (como a própria vida), esse é um debate secundário.
Você vai achar surpreendente como um filme que se passa inteiro em um cenário de poucos metros quadrados, onde só duas personagens estão em cena, sem trilha sonora nenhuma, pode prender sua atenção e mexer com suas emoções, até o memorável desfecho.
Como eu sempre digo: não acredite em mim. Vá lá e assista. Você certamente vai sair no lucro.



música para reflexão: "Beyond the Realms of Death", do Judas Priest.

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