sábado, 23 de julho de 2011

Motivação para envelhecer ?



Adoro essa:
"Growing Old is not for Sissies..."




O tempo é imutável. Nossas escolhas, não!




Vida longa e próspera! \\//










música para reflexão: "You don't have to be old to be wise", do Judas Priest.

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quinta-feira, 21 de julho de 2011

Contos da TV a lenha...

Atire o primeiro canivete suíço quem nunca nem remotamente ouviu falar dele, o indefectível MAC GYVER!! Estrela de uma série do mesmo nome (e que no Brasil, que adora dar nomes ridículos a filmes, chamou-se "Profissão: Perigo"), Angus Mac Gyver era um inventivo agente do governo que sempre conseguia sair das piores enrascadas da maneira mais surreal possível.
Vivido pelo ator Richard Dean Anderson, o personagem partia de um conceito nada convencional: sem armas nem ferramentas decentes, usando apenas um vasto conhecimento, digamos, científico, pode-se sair de qualquer enrascada.
Mac Gyver tinha apenas dois amigos fiéis (fiéis mesmo): seu canivete suíço e seu mullet. Calma, amigos, eram os desgraçados anos 80, e quem viveu aquela época e não tinha um mullet deve explicações à humanidade! Mac, como era chamado, tinha um histórico meio nebuloso - não gostava de armas, não era muito de romance, era meio que ermitão (embora muito gente boa com todo mundo). Pacifista, gostava de uma causa ambientalista, mas não podia se dedicar muito a elas, já que a Guerra Fria comia solta, e sempre algum "vermelho" dava um jeito de colocar o pobre Mac preso em algum lugar (invariavelmente com alguma gata) de onde seria quase impossível escapar...
Por que "quase"? Porque os vilões sempre esqueciam no cativeiro algum papel laminado, clip, grampo, barbante, desinfetante, caixa de sabão em pó, chiclete mascado... e, qualquer que fosse o material encontrado, o velho Mac poderia transformar facilmente em um abridor de fechaduras (no mínimo) ou uma bomba nuclear (no máximo). E, pior, tudo com uma base científica que ele explicava passo a passo!!!
Quanta criança não tentou explodir o irmão mais velho com uma barra de chocolate derretida na água sanitária? Ou voar pela janela usando um radiador de jeep e um secador de cabelos? Aaaahhhh.....
Aos menos ousados, bastava copiar o mullet. Irresistível......
A série ficou no ar nos EUA de 1985 a 1992, mas no Brasil ainda pode ser vista (pela TV a cabo). Fora o desnecessário nome, a versão brasileira ainda cometeu o profundo sacrilégio de colocar como tema de abertura nada menos que o Pai Nosso do Rock, ou seja, o hino "Tom Sawyer", da deidade RUSH! O efeito nefasto é o tanto de gente que chama essa prece musical de "a musiquinha do Mac Gyver"....fuck'em!!
Inegável é que foi uma das séries mais seguidas, e que mais fãs assumidos possui até os dias de hoje. O termo "Mac Gyver" virou sinônimo de inventividade, no sentido extremo da palavra, e o programa hoje figura tranquilamente como um dos ícones da TV mundial de todos os tempos.
Quem sabe não foi por culpa do Mac a guerra fria ter acabado... hein?!...hein?!...hein?!

Ícone da Cultura POP....
Os DVDs da série ainda vendem como água...



























música para reflexão: (NÃO, NÃO é "Tom Sawyer"!!) - é "Mac Gyver", do Million Dead!


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terça-feira, 19 de julho de 2011

A mais alemã das brasileiras...

Ela tem nome alemão, é fabricada segundo a "Lei de Pureza Alemã de 1516" (que estabelece que somente são permitidos cevada maltada, lúpulo e água na sua elaboração), e faria bonito em qualquer caneca de Oktoberfest - de Munique, é claro.
Apesar disso, ela é fabricada na pequena e simpatissíssima cidade paulista de Cunha, bem no alto da Serra da Mantiqueira. Talvez seja o visual fantástico das montanhas, ou o friozinho da serra, ou a calma típica das cidadezinhas rurais - mas o fato é que a cerveja WOLKENBURG é uma brazuca de alma germânica!
A WOLKENBURG é uma microcervejaria, ou por que não, um artesanato cervejeiro. Com poucos anos de vida, já atingiu um patamar de excelência. Guardadas as proporções do "tamanho" do empreendimento, que é praticamente familiar, pode figurar tranquilamente entre as melhores cervejas fabricadas no Brasil.
Sua variedade mais tradicional é (logicamente) a WEISS, de trigo, cuja maior característica é a cremosidade da sua espuma, e o aftertaste amargo-adocicado. Leve, mas consistente, quase não se percebe sua graduação alcoólica de 4,8%. Você já bebeu alguma "Weiss" de alguma marca famosa no Brasil, e notou um gosto ácido, acre, meio que de azeitona? Pois é - a Wolkenburg é diferente. No primeiro gole você percebe justamente o oposto da acidez - a maciez, envolvida por um sabor frutado. É sempre muito difícil definir um sabor, por isso sejamos diretos: uma Weiss com sabor de WEISS. E pronto.
Depois tem a FIT, uma variação feita pra conquistar os que querem ficar em forma sem abrir mão do imcomparável prazer de uma cervejota. Com apenas 2,8%, é refrescante e leve, e - mesmo com redução nos carboidratos - mantém a consistência e o aroma. Mesmo para os que torcem o nariz para cervejas com pouco álcool, eu recomendo uma provinha, já que ela coloca no chinelo a maioria do que tem no mercado.
A LANDBIER é uma surpreendente Pale Ale. Com 5% e a coloração típica das Pales, toma conta do paladar com um sabor forte e marcante. Igualmente cremosa, levemente avermelhada, tem um aroma típico - talvez até britânico demais para uma alemã (e isso é um elogio, já que a Ale vem daquelas bandas...). Levemente caramelada, bem encorpada - ou seja, em equilíbrio.
Deixei para falar por último da DUNKEL, e por um motivo: é a minha preferida. Forte (5,3%), consistente, marcante e - o que é fundamental para uma Dunkel - com o amargor altamente balanceado. Não deixa um aftertaste de café amargo como algumas congêneres, muito menos adocica a boca. É um sabor robusto, que enche a boca, mas desce macio como creme! Aroma perfeito, espuma perfeita, cor lindamente escura. Esqueci algo? Ah, sim... é uma autêntica DUNKEL, da espuma ao resíduo!
Na minha modestíssima (porém bebidíssima) opinião, a melhor cerveja artesanal do Brasil. E tenho dito!
Sede da WOLKENBURG, em Cunha/SP.
A WOLKENBURG, como eu disse, está localizada na estância climática de CUNHA/SP. Em sua bela sede, você pode ver o processo de fabricação, conversar com o Mestre Cervejeiro, e ainda provar essa delícia. E, se eu posso dar uma opinião é - não confie na minha opinião - PROVE você mesmo! 
Como tudo que é bom, não é uma cerveja que se encontre fácil por aí. Sua distribuição é bastante regional, e a produção ainda é pequena (se dependesse de mim, seria toda destinada à minha geladeira...). Mas, entre em contato com eles e informe-se. Ou, melhor ainda, faça esse passeio lindo pela Estrada Real que leva até Cunha, conheça as paisagens, os moradores, restaurantes e cafés charmosos da região - e termine o tour tomando uma(s) deliciosa(s) WOLKENBURG!

Prosit!


(P.S. - este não é um post pago. Apenas um serviço de utilidade pública cervejeira em prol da difusão das melhores brejas deste país!)



música para reflexão: "Have a drink on me", do AC/DC


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segunda-feira, 18 de julho de 2011

Heavy Metal Visual

Uma amostra de que, em termos de visual,  o HEAVY METAL pode ser tudo (do fodão ao ridículo...) - menos monótono...









































música para reflexão: "She's got the look that kills", do Mötley Crüe


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domingo, 17 de julho de 2011

Bandas que detonam: LIVING COLOUR

Ela não recebe nem a metade do valor que deveria. Uma banda revolucionária, que consguiu o raro feito de agradar fãs da black music e do hard rock, misturando em sua platéia gente dançando ao lado de batedores de cabeça. Se você ainda não conhece, apresentamos o "LIVING COLOUR".
Quando a banda surgiu na metade da década de 80, recebeu o infeliz rótulo de "funk metal". Ridículo, pois o LC é um caldeirão de todos os estilos negros, do soul ao blues, do hip-hop ao funk (o funk decente, verdadeiro, não esse lixo que recebe injustamente o nome de funk por aqui). Só que temperado à moda do Hard-Heavy, com acordes fortes e batida poderosa.
O vocal de Corey Glover pode ser meloso, harmonioso, e agressivo como qualquer banda de Hardcore. O guitarrista Vernon Reid é um virtuoso reconhecido por grandes guitarristas como um híbrido de Hendrix com Malmsteen. E a cozinha? Catzo, a cozinha é um caso à parte! O batera William Calhoun é um polvo, rápido, criativo e versátil, e o baixista Doug Wimbish passa do slap ritmado ao trovejado com uma facilidade única.
Estouraram com o álbum VIVID, no final dos 80, principalmente por causa de uma musiquinha (bem abaixo dos seus padrões) chamada "Glamour Boys", feita justamente para abrir o caminho até as rádios. Depois, uma sucessão de hits, ora pesados e políticos como "Open letter to a landlord", ora sacanas e saculejantes como "Elvis is Dead". A balada "Love rears its ugly head" é um excelente exemplo: uma letra cínica, e uma verdadeira aula de instrumentos e voz. 

Por que essa banda detona? Precisa dizer mais? OK, é o seguinte: o ritmo negro é a alma criativa que criou tantas derivações e vertentes musicais. Mas, combinar o chamado "swing" com o peso das guitarras é algo muito difícil de se fazer. Pois o Living Colour não só fez, como conseguiu a proeza de abrir os horizontes dos fãs da black music para o Hard Rock, e vice-versa! Entre letras jocosas e verdadeiras declarações políticas e sociais, a banda desfila um talento musical incrível, com energia e vitalidade. 

Por onde eu começo? Felizmente tem bastante coisa deles na internet. De videos a músicas, todos os álbuns ao vivo e de estúdio. Para conhecer, aconselho justamente o "Vivid", pela variedade. Preste bastante atenção a letras como "Cult of Personality", bata sua cabeça com "Middle Man", "Desperate People" e "Open Letter". Mas, se for a sua praia, chacoalhe o esqueleto ao som de "Funny Vibe", "What's your favorite color?"... vá descobrindo e se envolvendo. Os meninos não brincam em serviço. Aliás, brincam, mas com um talento gigante...

Dá uma olhadinha nesse clip de "Elvis is Dead". Tirada de sarro, com participação dele, o insofismável Little Richard, além do sax irado de Maceo Parker:

 


Música para reflexão: "What's your favorite color?", deles mesmos.


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