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segunda-feira, 20 de junho de 2011

O brilho esquecido de um astro...


A Hollywood moderna é cheia de rostos bonitos, corpos malhados... e pouco talento. Prezando a juventude, a beleza e o sex-appeal acima do dom de representar, temos visto uma enxurrada de filminhos vagabundos, estrelados por "galãs" do naipe de Robert Pattinson e Megan Fox, só pra citar alguns exemplos contundentes.
Mas, houve um tempo em que os filmes da terra do tio Sam traziam atores de primeiríssima grandeza. Jamais poderia se chamar um baixote esquisito como Humphrey Bogart, ou um velhote magrelo como Fred Astaire de lindos. Mesmo assim, faziam papéis de galãs, derretendo os corações das mocinhas com suas caras comuns, idade avançada e simplicidade.
Um dos mais talentosos atores americanos foi, sem dúvida, JAMES CAGNEY. Começando em peças de teatro, foi notado por seu jeito durão, e rapidamente estava pegando todos os papéis de gângsters, bandidos e malvadões dos filmes P&B de então.
Baixinho (1,69m), feioso, sempre com aquela cara de quem está com uma puta prisão de ventre, sua presença na tela era gigantesca. Sujeito tranquilo, que não fumava (raridade para a época) e pouco bebia, quando encarnava o personagem virava um verdadeiro algoz, que facilmente despertava o ódio e o pavor dos espectadores.
Mesmo tendo feito alguns papéis mais leves, até cômicos, sua cara ficou eternamente associada a tipos como Tom Powers. o bandidão vivido por ele em "Inimigo Público", de 1931.
Cagney participou de mais de 60 filmes, e, embora merecesse muitos outros, ganhou apenas um Oscar pelo papel de George M. Cohan em "Canção da Vitória", de 1942. Morreu aos 86 anos, e, hoje em dia, poucos conhecem seus filmes.
O que é uma grande pena, porque em uma época sem praticamente nenhum recurso tecnológico ou a pirotecnia do cinema moderno, o feioso conseguia tirar o sono de quem se atrevia a assistir seus filmes, usando nada além do seu inesgotável talento.
Procure na internet, assista e conheça um pouco mais de James Cagney. Vale muito a pena.
música para reflexão: "Bad to the Bone" (George Thorogood and the Destroyers)