domingo, 14 de agosto de 2011

Como assim, você não conhece?!?

Perda de tempo falar da história do BLACK SABBATH. Na minha opinião - e sei que na de muita gente - o maior expoente do Heavy Metal, ever! Uma história que começou na década de 60 e não acabou até hoje. Aliás, jamais vai acabar, porque o Sabbath é tão sacramentado e eterno quanto qualquer fodão de qualquer estilo musical, de Bach a Rush!
Mas o Sabbath não é e nem jamais foi apenas uma banda de um certo tipo de som pesado que viria a ser chamado de Metal. Primeiro porque foi um daqueles acontecimentos raros em que tudo se converge - músicos absurdamente competentes, idéias revolucionárias,  e um mega fuck off para as tendências da época. Foi por aí que os malucos criaram, desenvolveram e - a muito custo - conseguiram gravar em 1978 o classicaço "Never Say Die!"
Encerrando a década de 70, e o B.S. já meio que consolidado como banda "do demo", os caras decidem explorar novos horizontes. Jazz, prog, fusion... o que pode deter talentos como Iommi, Geezer, Ward... e o inconstante Ozzy? Já meio que "saído" da banda, Ozzy viu o material de "Never Say Die!", e voltou correndo para fazer os vocais. Todos os experimentos que poderiam ser feitos foram feitos, do som "aéreo" ao vocal conjunto (poucos fãs sabem que todos os 4 cantam juntos em "A Hard Road")
Mais do que isso, nesse mesmo álbum eles chamaram Dave Walker, do farofa-setentista Fleetwood Mac, não apenas para participar, mas também para compor material. Bill Ward, baterista encapetado, canta com bravura em "Swinging the Chain" (e que vozeirão, hein?). Queriam polêmica, e conseguiram... com músicas como "Air Dance" e "Breakout" (como assim, pianos e harmonias numa banda "do demo"??!!??).
Bão... eu trouxe o "Never" para o assunto porque eu sou viciado em polêmica. Mas também porque eu gosto de bater em quem se acha dono da razão. Muito pseudo-entendido em Metal considera esse álbum um apócrifo, um desvio de rumo do Sabbath. Eu considero uma obra de arte, um esporro de talento de músicos muito acima de critérios banais, que simplesmente resolveram mostrar um pouco mais do seu talento imensurável.
Um guitarrista como Tony Iommi, um baixista como Geezer Butler, um batera do naipe de Bill Ward e - apesar de awkward - um vocal como Ozzy podem fazer o que quiserem. E fizeram. Não apenas no "Never Say Die!" (falaremos em breve de Technical Ecstasy). Imbecis de mente estreita acharam uma merda - o que prova que foi uma obra de muito valor.
Os "novos" fãs de Heavy Metal talvez ainda tenham seus horizontes meio limitados. Pois então esta é a chance para correr e baixar esse álbum fantástico e - espero - pagar o devido tributo a esses estupendos músicos.
Black Sabbath é eterno. E ponto.
Isso sim pode ser chamado de ícone.





música para reflexão: "Junior's Eyes". do (eterno) Sabbath.


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